quinta-feira, julho 01, 2010

A questão Israel II - Deep Space Nine

Assim, sou amplamente conhecido nunca foi do meu feitio alimentar discussões com desconhecidos através da internet. É por isso que me apresso em esclarecer que esse post não é, de forma alguma, uma respostinha malcriada ao senhor Rafael, que entrou aqui para uma defesa inflamada da obra e do estado de espírito de George Israel. Nada disso. É só que, se formos olhar bem, o cara não é só um problema geopolítico enquanto Israel, ele também é um equívoco nominal enquanto George. Analisem comigo.

George (do grego fazendeiro - É sério, pesquisei no google!) é um nome conhecido por batizar proeminentes figuras da nossa história. Como meu amigo pessoal George de Santos, o Indiana Jones do punk nacional, por exemplo. E da mesma forma que o Georgêra véio de guerra, diversos outros Georges deixaram sua marca no mundo de forma indelével, contribuindo para a evolução da raça humana e o desenvolvimento de nossa sociedade. Vejamos alguns exemplos.

George of the Jungle:


Você conhece o leão, o chamado rei da floresta?  Pois saiba que o felino baixa sua cabeça em respeito quando vê passar, voando de cipó em cipó, o poderoso George. Figura lendária das selvas africanas, foi responsável por uma forte onda migratória de habitantes de países norte-americanos e europeus para o continente negro maravilhados com a possibilidade de uma vida mais simples em contato com a natureza e os animais. Tarzan, Fantasma e o Jim das Selvas seriam parentes distantes e/ou admiradores declarados do lifestyle de George. Também foi amigo pessoal dos seminais Alceu e Dentinho.


George, o curioso:

Sem sombra de dúvida, um dos primatas mais inteligentes da Terra. George, o curioso é a prova de que o bom nome dos Georges está difundido entre todas as boas criaturas desse planeta. Não contente em ser apenas um macaco, George é um curioso, o que, creio eu, contribuiu para enormes avanços intelectuais na comunidade símia. Foi sua sagacidade e inesgotável desejo de descobrir e aprender que permitiu aos macacos dominarem o planeta, escravizarem a raça humana e criar uma nova civilização onde não havia lugar para o Charlton Heston.

          Curious George says "Fuck the NRA"


Rei George III:

Ok, nem há necessidade de longas introduções aqui. O cara era rei, porra! E da Inglaterra, o que em sua época (1760-1801), era o que de mais próximo havia no quesito "dono do mundo". Para melhorar a situação, o Rei George sofria de um mal chamado "porfiria", um distúrbio neurológico que lhe rendeu a alcunha de O Louco. Ou seja, o cara não só era rei, como ainda era louco de pedra. O que mais era preciso para que ele fizesse, literalmente, qualquer merda que lhe desse na cabeça? Além disso, não era qualquer tipo de loucurinha mequetrefe que acometia o monarca. A porifiria é usada para explicar a criação dos mitos dos vampiros E dos lobisomens. O que isso significa? Que o Rei George não só devia rasgar dinheiro, cagar pro alto, como também ser uma fuderosa monstruosidade híbrida. Fuck Yeah!

George Foreman:


Vocês neófitos podem conhecer George Foreman como um velho negro simpático que gosta de fazer vendas pela TV. Mas não se enganem, muito antes disso George Foreman foi um dos maiores porradeiros da história do boxe mundial, duas vezes campeão mundial dos pesos-pesados, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 64 e adversário de Muhamad Ali naquela famosa luta no Zaire. Aliás, você sabe que o cartel de um boxeador é irrepreensível quando o único sujeito a derrotá-lo por nocaute é ninguém menos que o próprio Muhamad Ali. Isso é quase como dizer que, bem, isso é como dizer que o único sujeito a derrotá-lo por nocaute numa luta de boxe foi ninguém menos que o próprio Muhamad Ali! O fato imprime tanto fodismo per se que não existe exemplo melhor. E estamos falando de um cara tão forte que, dizem, Foreman tirou John Frazier do chão com um soco (!!!) ao vence-lo na decisão de 73. E como se isso não fosse suficiente, se tornou bicampeão da categoria em 1994, na provecta idade de 45 anos. E lutando contra um cara com quase metade de sua idade.

George Clooney:

O James Bond da vida real. Isso se o James Bond não tivesse a menor obrigação de se envolve em missão nenhuma, fosse um milionário bon vivant e vivesse de fazer filmes com seus amigos só pra se divertir. Em comum, o smoking, as mulheres e a inveja e admiração de todo gênero masculino desse planeta. Enough said.

......

Enfim, longe de mim querer abertamente criticar o alto atral, a despretensão e as boas vibes ambicionadas pelo TRABALHO e PRODUÇÃO de George Israel, mas se eu fosse ele, após dar uma sacada na vida dos meus xarás, colocaria aquela vuvuzela dourada que ele assopra com tanto gosto no saco e pegava o caminho da roça. FOREVA!


quarta-feira, junho 23, 2010

O verdadeiro problema na questão Israel

Se vocês leitores que ainda insistem em entrar aqui nesse blog são diferentes de mim, então vocês costumam ler jornal, possuem uma noção básica de política mundial e são bem informados sobre assuntos relevantes da contemporaneidade. Muito provavelmente portanto, como qualquer cidadão que se leva à sério, vocês têm uma opinião formada em relação ao conflito no Oriente Médio e aos últimos ataques israelenses a um barco na costa do país. Bem, eu até poderia fingir que me interesso pelo que vocês pensam, mas a quem queremos enganar, né? A verdade é que, mesmo sem ouvir suas colocações sobre tudo isso, estou certo que vocês estão perdendo o ponto. Independente de se posicionarem a favor da OLP ou do sionismo israelense, o verdadeiro assunto a ser discutido não é o Estado de Israel. O verdadeiro problema, meus amigos, o real inimigo a ser combatido, como preferem os mais inflamados, é o GEORGE ISRAEL. E com isso hão de concordar aqueles posicionados em ambos os extremos desse diapasão sócio-político.



Numa boa, quem em sã consciência pode ter algo a favor desse cara? Só de olhar para essa foto meu dia já fica um pouco pior! E não estou exagerando, juro. Lembro que uns meses atrás era obrigado a enfrentar uma longa viagem de ônibus para chegar ao local onde estava trabalhando. A viagem corria sem problemas e posso dizer que até sentia prazer no caminho extenso. Eu ia apreciando a paisagem, ouvindo música tranquilamente... Até passar em frente ao outdoor que anunciava um show de George Israel. Caralho, aquilo me deixava verdadeiramente deprimido! Seu nariz adunco, o sorriso forçadamente simpático e esse topetinho anacrônico ridículo detonavam meu (já raro) bom humor matutino em questão de segundos. E olha que, no anúncio, ele não se fazia acompanhar pelo instrumento de preferência do babaca original: o safoxone.

Por mais que me esforce, não consigo pensar em combinação mais odiosa que músico pop brasileiro dos anos 80 + safoxonista. E George Israel - não se enganem, companheiros - é capaz de ir muito mais além no quesito fecalidade. O cara além de fazer parte da oitava pior coisa já produzida em território nacional ( o Kid Abelha), tem a cara de pau de se orgulhar de ter feito sei lá quantas parcerias com o Cazuza! Sério, não houve recentemente um comunicado da OTAN proibindo esse tipo de declaração? Se não teve, deveria. Não sou crédulo o bastante para levar ao pé da letra  todos os ditos populares, mas "diga-me com quem andas que te direi quem és" é altamente aplicável nesse caso. Paula Toller, Cazuza, Leoni... É o tipo de parceria que não deve ser julgada na seara musical, mas num tribunal de crimes de guerra.


Responsáveis por 17 crimes de Estado

E para os que pensam que as atrocidades cometidas pelo saxofonista ficaram restritas aos longínquos anos 80, sinto dizer-lhes que a ameça representada por George Israel ainda está longe de ser erradicada. O saxo-pela saco continua cometendo suas barbaridades livremente. Em 2006 lançou um DVD com outros criminosos musicais do quilate de Guto Goffi e Rodrigo Santos (da célula terrorista Barão Vermelho) onde assassinavam friamente músicas dos Beatles sob o tenebroso nome de Os Britos, torturando não só os apreciadores do quarteto de Liverpool, como todo cidadão de bem contrário ao mal do trocadilho engraçadinho. Não contente, mantém um projeto com os DJs Memê e Marcelinho da Lua - o que por si só já é suficiente para sofrer graves sanções da ONU - onde diz exercitar seu lado performático!!! Eu juro, nem que eu quisesse seria capaz de inventar acusações dessa gravidade, está tudo documentado nas seguras fontes da wikipédia.

Olha, eu não entendo muito da política externa nacional, mas em tempos de aproximação do Irã, o que custa ao Governo Lula uma eliminaçãozinha rápida do George Israel, né? Aposto que a comunidade internacional não iria se posicionar contra, nem seria isso que deixaria os Estados Unidos mais contrariados. Sei lá, só uma dica.

sexta-feira, junho 04, 2010

Elma Chips way of life

Ontem enquanto passava mais uma  madrugada insone, fui atacado por um caso forte de larica noturna. Sem titubear, corri até a cozinha e agarrei o primeiro pacote que vi na despensa, não sem antes encher um copo de coca-cola. A operação teria sido um sucesso se o pacote em questão não fosse outro do que um de Stiksy. STIKSY, senhoras e senhores! O salgadinho mais sem graça da história, a ovelha negra da Elma Chips! Pra quem não se lembra, trata-se daquele pretzel que nem ao menos se dá ao trabalho de vir entortadinho, sendo, basicamente, um graveto salgado. E a embalagem, ainda por cima, tinha a pachorra de comentar "Ele voltou!!!", assim mesmo com três pontos de exclamação. Uau, isso é sério?! o Stiksy voltou, preciso atualizar meu status no facebook e espalhar a boa nova... NOT! Sério, será que os executivos da Elma Chips realmente pensavam que as pessoas sentiam saudades de um salgado que, muito provavelmente, era servido unicamente por homens de bigode e mulheres com permanente em coquetéis de troca de casais no início dos anos 80? "Minhas preces foram atendidas, o Stiksy voltou, onde está meu caderninho de surubas?!". Eu poderia aceitar esse tipo de comemoração para um Cebolitos, Pingo D'ouro ou até mesmo um triunfal retorno do Baconzitos. Mas Stiksy? Vai à merda, porra!

I wanna make sweet Stiksy love with you and your lady friend

Talvez eu esteja exagerando e passando uma imagem que não condiz com a realidade. Eu não sou um TRVE apreciador de salgadinhos. Na realidade, meu último caso de amor com um pacote de salgados foi com as batatas Lays, mas como diria o saudoso Ronnie James Dio, "good things never last". Retiraram seu delicioso sabor das prateleiras dos supermercados e usaram seu bom nome para batizar uma cópia de segunda classe de Pringles. Malditos engravatados! Claro que, bem antes disso, eu fui uma criança saudável que levava uma vida regrada e, portanto, era viciado em  gordura vegetal hidrogenada e fritura a base de milho com corante e sabor artificiais.

Nos meus anos de inocência, minha guloseima predileta era, sem dúvida, cheetos. O tradicional, alaranjado, no estranho formato de bastonetes, daqueles que se parecem com bactérias ou glóbulos brancos. Minha lealdade ao salgadinho produzido por um bando de ratos assalariados na fictícia Queijolândia podia ser medida pelo fato de que, mesmo quando a Elma Chips decidiu aumentar a franquia e lançou as versões Bolinha (que cheirava a pé) e Tubinho (que tinha gosto de vômito), eu continuei representando a família Cheetos. Foi apenas quando substituíram os simpáticos e trabalhadores ratos locais pelo imperialista Chester Cheetah, o garoto-propaganda original, que me vi obrigado a tomar uma decisão. Pau no cu do sistema, fiz do meu boicote uma arma para deixar claro meu descontentamento político-social.

Uma das piores consequências da privatização


Uma divisão muito clara que havia nessa época era entre os adoradores de Cheetos e os fãs de Fandangos, que promoviam encarniçadas batalhas campais na hora do recreio. Nunca entendi quem pudesse preferir um salgadinho feito de queijo por uma merda de milho em formato de cumbuca com sabor de - oh, que original - milho. E que ainda tinha a bosta de um ESPANTALHO como símbolo. Vocês fandangueiros vão sempre me causar nojo! Ah sim, haviam também aqueles que diziam gostar de Skiny, mas esses eu não levo à sério, sei que estão apenas se enganando. Ora gente, todo mundo sabe que o Skiny foi feito para aqueles coitados cujos os pais não eram ricos o suficiente para comprar salgadinhos de verdade. Então, eu não tenho culpa se sua mãe é dona de casa e seu pai é taxista, mas não me faça acreditar que você realmente gosta de comer pedaços de isopor que foram esfregados no suvaco de um empregado numa fábrica imunda na Região dos Lagos, ok?!

Claro, não se pode deixar de mencionar outros tipos mais excêntricos, geralmente filhos de mãe solteira, intelectuais de classe média ou compositores de jingles, que optavam por sabores ousados, como o de Zambinos ou o mítico Pegaditos, em formato de patas de dinossauro (!!!). Ainda assim, mesmo os meninos mais esquisitões do colégio nunca eram vistos degustando essa merda de Stiksy. Digo isso por experiência própria, só quem já foi enganado por uma mãe desatenta que o fez acreditar que estava levando na lancheira um pacote de salgadinhos decentes, apenas para descobrir bem na hora do recreio que se tratava de um resto de Stiksy da reunião da noite passada sabe a dor de se tornar um pária aos 8 anos de idade. Pois no baile de debutantes da vida, o Stiksy é aquela menina que fazia parte do grupo jovem da igreja e morava com a avó que ninguém queria comer. A diferença é que ela acaba crescendo, reencontrando com você e te humilhando na frente das amigas depois de ter virado modelo, e aí só te resta comer um pacote de Stiksy pra se consolar... Não que isso já tenha acontecido comigo, claro.

sexta-feira, abril 30, 2010

Aumentando o seu vocabulário urbano pós-moderno

Em mais uma tentativa movida pelo altruísmo e a desocupação de faze-los se comunicarem cada vez melhor com os demais habitantes desse molecão verdejante e izoneiro que chamamos de país, lhes trago, queridos leitores, dois novíssimos formatos de linguagem usada por determinado grupo, geralmente incompreensível para quem não pertence ao mesmo e que serve também como meio de realçar a sua especificidade, AKA gírias. Girías que, enfatizando minha conhecida falta do que fazer, acabo de inventar e quero dividir com vocês.

Moradores de grandes metrópoles que somos (e, sim, isso exclui você curitibano, belorizontino e porto-alegrense), nos deparamos todos os dias com uma avalanche de novas informações e fatos que, muitas vezes, nos impedem de externar nossa indignação/surpresa/felicidade ou qualquer outra emoção descartável a contento. Nos faltam palavras para, por exemplo, externar a alegria de descobrir que os personagens de Jersey Shore existem de verdade e não são o produto de uma forte pancada que você levou na cabeça, ou o terror e descrença proporcionados pela figura de David Brazil apenas sendo em toda sua plenitude.

Foi com essa dificuldade em mente que elaborei essas duas expressões. Espero que sejam de alguma serventia:

Lágrimas do Cacique



Baseada na música de Johnny Cash e nesse clássico comercial norte-americano do líder Apache chorando depois de ver nego jogando lixo na rua, é ideal para ser usada quando aquele amigo, ente querido ou amor da sua vida o decepciona por confessar um ato hediondo ou um gosto secreto. Exemplos:

- Amor, no nosso casamento eu gostaria de recitar uma letra do Oswaldo Montenegro em forma de poema.
- ...
-  Amor, que cara é essa?
- Lágrimas do cacique para você Rejane, está tudo acabado entre nós!

Ou ainda:
- Eu conscientemente tomei a decisão de torcer para o Flamengo, não o fiz por influência familiar nefasta ou peer pressure e nunca senti um pingo de dúvida ou arrependimento em minha escolha!
- LÁGRIMAS DO CACIQUE PRA VOCÊ!!!!!

......................

Ficou Fiuk


Tá Lindsay!

Todos sabem a importância que a moda ganhou no nosso cotidiano. Porém, infelizmente, nem todos somos dotados de bom gosto e/ou bom senso para fazer as escolhas corretas na hora de nos vestirmos. Que o diga 3/4 dos stylists masculinos e aquele seu amigo modernaço que ainda curte alargadores, bigode irônico, mullets, boné de caminhoneiro, vans xadrez e camisas apertadinhas - tudoaomesmotempoagora. Apesar da breguice galopante, é de bom tom nos mantermos sempre elegantes para com os menos favorecidos estilisticamente. Essa gíria vem a calhar na hora daquela saia justa, quando um desses seres te pedir uma opinião sobre o figurino. Exemplo:

 - E aí amigammm, o que você achou desse meu vizoo misturando scarpin fosforescente, saia de cintura alta estampadinha, luvas de filó, cinto na cintura, regatinha canelada e esse chapéuzinho coco que é um mimo?! Pode ser sincera.
- Nossa... Ficou Fiuk!
- Ahazaaaam!


É isso, turma. Espero que as expressões sejam de alguma serventia no seu dia a dia. E lembrem-se, para cada vez que vocês usarem alguma delas, estarão me devendo automaticamente a módica quantia de 3 dólares em forma de royalties, ok?

terça-feira, abril 27, 2010

Rock pra vencer na vida pruns fudidos iguais a vocês


Sem muitas palavras, sem muita enrolação. Esse post foi feito pra você, roqueiro trapizomba, imundo e coitado que acorda infeliz e tem como únicas opções um 7" do Cut Your Hair ou um 4-way split Agoraphobic Nosebleed/Agathocles/White Frogs/Spazz. Isso aqui é rock pra vencer na vida, porra! Apreciem a felicidade dos músicos, a emoção em cada acorde, a galera bonita reunida e curtindo um dia legal ao som desse estilo subestimado por muitos. Sempre que vocês se sentirem mal, podem entrar aqui e se valer dessas pepitas de alegria e felicidade em formato musical.

For those about to Arena Rock, we salute you!




Atentem pra beleza do visual do Mike Levine, baixista da banda. Isso foi feito antes de terem inventado a ironia, só pra vocês saberem, tá?


 


Eu amo Journey, muito pelo fato do Steve Perry ser uma mistura de Biafra com André Mattos e também fazer umas caretinhas quando ataca nos agudos.




Muito provavelmente seu pai comeu sua mãe bem gostoso ao som dessa música. Só pra vocês saberem de novo, tá?




Rock de arena não é rock de arena sem som grandiloquente super produzido e quilos de cocaína. Sendo assim, Fleetwood Mac!



O lance aqui fica mais heavy, mas não menos arena. Quiet Riot e seu grande sucesso. Bang Your Head, motherfuckers!!!!

 



REO Speedwagon não pode faltar num café da manhã dos campeões!



Kansas pra você é só aquela baladinha xexelenta "Dust in the Wind"? Pau na sua bunda, os caras faziam rock pauleira para as multidões e ostentavam a melhor coleção de pêlos faciais da época. Comprovado isso!




Agora, uma das prediletas do meu amigo pessoal e futuro hóspede, senhor Leonador Marx, PhD em bom gosto e em mais alguma outra merda que ele ensina lá nos EUA: Asia!


 

Europe, a banda que não compõe canções, compõe hinos!



Phenomena = Hollywood, o sucesso! Precisa dizer mais? Não, não precisa!
  

Sabe por que vocês não pegam mulher? Porque ficam fazendo esporro com a guitarra e vocal gutural, ao invés de seguir o exemplo do Foreigner.




Eu amo o fato de que o Marillion era uma das bandas preferidas do meu pai nos anos 80 e que seu vocalista se chama PEIXE e parece a mistura de um extra do Willow com meu amigo metaleiro Joaquim Ghirotti.





Como a imensa maioria das bandas AOR, o Supertramp começou tocando rock progressivo, mas percebeu logo que nunca seriam trilha-sonora prum vôo de ultra-leve num comercial de cigarros Hollywood e mudaram pra melhor. Ah, o vocalista fala fino!




E por falar em falar fino e tocar rock progressivo chato, Yes na sua - quer vocês queiram ou não - MELHOR FASE! Porra, esse clipe tem guitarra sintetizada, escorpião, águia, subtexto Kafkiano (Rá, e vocês achando que eu era só mais um rostinho feio, hein?!) e emoção ZERO nas interpretações. Não sei como poderia ficar melhor, sério.





Parafraseando o grande Ron Burgundy, se você não acha essa a melhor canção de todos os tempos, eu brigarei com você. Tudo aqui é perfeito! O visual, a capilaridade dos membros, a letra, o riff, o refrão... Mano, olha esse batera! O cara é uma mistura de Viking com Cro Magnon porra, que coisa mais linda!!! Devo agradecer ao Boston por ter me feito trocar três palavras com o Sebastian Bach do Skid Row, que elogiou minha camisa da banda. Se isso é bom ou ruim, eu já não sei.


Como não poderia faltar, o ÚNICO e VERDADEIRO representante do Rock de Arena nacional, o meu ídolo pessoal, Robertinho do Recife. Nesse vídeo da Bandeirantes ele ataca um solo e emenda com um cover de Iron Maiden!!! Atenção para o cameo de Pepeu Gosma e Baby Consuelo em visual Pluct Plact Zum/Lick it Up.

 


E pra finalizar, mais um vídeo de Robertinho tocando na praia do bairro onde resido, minha amada terra de São Conrado. É muita emoção!!!

 




Então já sabem, quano estiverem deprimidos, desgostos e descrentes da raça humana, fiquem à vontade, a casa é sua. Bote uma dessas sonzeiras pra rolar e descubra todo poder do bom rock pauleira que revigora e impulsiona. Deitem, relaxem e se imaginem numa praia nos anos 80, de viseira e gel no cabelo, andando de windsurf ou paquerando a Magda Cotroffe de biquini asa-delta e rockeando com a turma em clima de "se a vida começasse agora..." . Então, pensem em mim não como um desocupado que escreve sobre bandas de rock cafonas que ninguém dá a mínima, mas como um Centro de Valorização da Vida de carne, osso e QI mediano.

sábado, fevereiro 06, 2010

Like rain on your wedding day

Não sei se vocês desconfiavam, mas quando adolescente, eu não fui uma menina histérica que achava que o mundo não a compreendia. Digo isso porque uma pessoa muito querida já falou certa vez que eu parecia a Tina Fey (e era tentando criar alguma espécie de elogio, procês verem...). Enfim, esclarecendo isso, fica melhor compreendido o fato de eu não ser e nem nunca ter sido fã de Alanis Morisette. Nunca.

Como se não bastasse sempre ter achado os trinados da cantora canadense um porre, um evento em especial me fez nunca mais querer ouvir uma única nota que ela gravou. Lembrar desse feito me leva diretamente ao longínquo ano de 2009. Nessa período distante da minha vida, eu tinha o péssimo hábito de ficar invadindo o país dos outros a bordo de uma van caindo aos pedaços acompanhando bandas de metal brazuca tentando faturar um troco no Velho Continente. É, pois é. "Faturar um" define muita coisa.

Como todo idiota que se acha malandro, eu achava que todos os outros malandros eram mais idiotas que eu. O que me fez ser bem estúpido, ou corajoso, dependendo do ponto de vista. Enfim, tanta idiotice não pode acabar bem e existe uma razão para aquele ditado "o crime não compensa" ser válido até hoje. Descobri isso da pior maneira em um supermercado no centro de Amsterdã com uma meia dúzia de comidas malocadas comigo.

Encurtando a história e poupando vocês de qualquer drama desnecessário, fui levado por policiais pruma delegacia e lá conduzido pruma cela. Não sem anter ter sido obrigado a entregar os cardarços dos meus tênis, "pra evitar que você se mate", como me explicou calmamente o policial que me acompanhou. Fiquei umas boas horas nessa cela até que, no meio da madrugada, dois guardas vieram atrás de mim. Eu achava que tinha chegado ao fim ali a minha experiência Oz e que iria, felizmente, sobreviver ao episódio com o traseiro intacto. Bom, metade disso era verdade. Graças a Jah, a metade de baixo, que concerne a minha bunda!

É aqui, caros colegas, que a história fica boa de verdade. Se eu tive a certeza que deus existe e ele é um gozador de mão cheia, foi nesse dia. A dupla me algemou, me conduziu pra fora da DP e pra dentro de um camburão!!! Ok, nessa hora eu respirei fundo e me arrependi por não ter feito uso da boa educação que me deram e comecei a pensar seriamente em como aguentar as horas vindouras. Nisso estou eu, rodando pelo centro de uma cidade européia completamente desconhecida, sem nenhum contato com meus companheiros, sem um único documento, quando no sistema de som do carro (sim, camburão holandês tem rádio!) começa a tocar um som.

Pensem bem, não dá pra inventar uma coisa dessas, estou sendo completamente verdadeiro com vocês. Começou a tocar A-la-nis Mo-ri-set-te! E o que é pior, IRONIC era a música!!! Sim senhores, não bastasse ser preso por causa de um sanduíche e um punhado de chocolates numa cidade onde virtualmente tudo é permitido, o universo conspirou de uma tal forma que até as FMs locais me lembravam do meu retardamento. É foda, como diria aquele filósofo "perdi, perdi, chefia... só não esculacha!". Convenhamos, até condenados à morte tem direito a um pouco mais de compreensão dos deuses, né? Prisão + Alanis Morisette era duro demais. Covardia demais com um serumanu. E é por isso, que até hoje, a jagged little pill just makes me wanna puke (tu dum piiiish!).

...

Ah sim, caso vocês se interessem, a cela era individual, continuei virgem depois das 24 horas. E, visto os locais onde deitei minha cabeça nos 40 dias de viagem, devo dizer que foi uma das camas mais limpas em que dormi. Se você não ligasse pra câmera dentro do cubículo, dava até pra fazer cocô numa boa. Ainda perdi a chance de fazer duas boas amizades: Um traficante polaco na hora do banho que elogiou minhas tatuagens e um fulano meio cigano que era os cornos do Vic Di Cara do 108 e que ficava puxando papo sobre o tempo na fila do cigarro, antes de entrarmos no camburão novamente e sermos deixados nas respectivas DPs. Quem sabe não acho eles no facebook?

A única coisa que eu não consigo entender até hoje é, porque de todos os itens roubados, eu inventei de levar uma merda de uma pastinha pra cabelo? Acho que tem coisas que nem sua própria estupidez galopante explica.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Grandes Merdas da História Contemporânea: O vocalista do Korn

Houve um tempo em que camisas listradas da Gap eram sinônimo de bom gosto, Friends era um seriado relevante para a juventude ocidental e a Playboy apenas começava a descobrir como alterar drasticamente suas modelos com o auxílio do computador. Essa época tenebrosa, também conhecida como "anos 90", viu nascer um estilo híbrido capaz de reunir tudo o que era condenável, brega e negativo na década: O new metal (ou nü metal, caso você seja um pau no cu).

Dentro da excrecência que era o new metal - por mais que Rodrigo Smile tente dizer o contrário - uma banda em especial se destacava por ser a mais notavelmente forçada, a mais exageradamente atormentada, a mais falsamente pesada, a mais ridícula, enfim. Essa banda era o Korn. O Korn, para quem não lembra ou simplesmente tinha mais o que fazer há quinze anos atrás, era aquele grupo de brancos que queriam ser negros e tocavam músicas afinadas em Dó curvados pro chão. A banda era liderada por Jonathan Davis, um rapaz que tinha as manhas de misturar berros agonizantes, levadas de rap, letras sobre ser um coitado e gaita de foles. Como dá pra notar, um camarada que primava pelo bom gosto.

Se musicalmente o Korn só temperou com afinações baixas e grunhidos caninos a já existente e condenável mistura de rap e metal pesado, esteticamente é preciso reconhecer que eles, e principalmente seu líder, se esforçavam no crossover. Além de se vestir 24/7 como se estivesse indo fazer cooper no inverno, Jonathan Davis ainda achava espaço para combinar dreadlocks com um vergonhoso bigodinho de pré-adolescente. Era mais ou menos como se o seu porteiro virasse fã de Bob Marley e descobrisse uma ponta de estoque da Adidas na esquina de casa.

+

Ou tipo isso aqui

Aliás, a relação do Korn com o mundo dos fornecedores de material esportivo é algo que precisa ser analisado com cuidado. Sem-vergonhice ou estratégia de marketing, é fato que a banda ajudou num primeiro momento a levar a marca das três listras (e suas imitações mas descaradas) para o guarda-roupa de todo jovem revoltado da época. Mostrando que ter atitude é outra cousa, eles chegaram mesmo a gravar um som chamado A.D.I.D.A.S., pelo qual devem ter ganho um estoque vitalício de moletons e tênis horríveis! Logo depois, fecharam um contrato de exclusividade com a Puma, e finalmente com a Fila, já quando ninguém mais ligava pro que eles faziam.

Enquanto ligavam, no entanto, Jonathan Davis fez com que ninguém no mundo esquecesse que ele era um cara sensível e perturbado. Daí dá-lhe letras e mais letras sobre ter sido motivo de chacota durante toda adolescência, sobre ter apanhado do pai, da mãe, do vizinho, da professora, dos colegas de classe, da namorada... Pra mostrar o quão conturbada era sua alma de artistinha, Jonathan tatuou HIV num dos braços. Uuuuuu, Aids!!! Olhem como ele é estranho e perigoso, gentem! E se tatuagens de mau gosto e um passado nerd não eram suficientes, o rapaz ainda fazia questão de inventar uma descendência escocesa (OI?) e exibi-la no formato de constrangedores kilts toda vez que se apresentava ao vivo.

Contudo, como tudo nessa vida, os anos 90 também viram seu fim e, com eles, tudo o que era característico dessa época. O new metal não foi exceção e tão rápido quanto apareceram, milhares de músicos usando dreads, maquiagem gótica e guitarras no joelho sumiram sem deixar rastros. O Korn, porém, foi acabando aos poucos. Primeiro foi um dos guitarristas que se converteu, foi para a Índia, adotou 300 crianças e escreveu um livro; Depois foi o baterista que, muito provavelmente, viu mais futuro na sua carreira paralela de entregador de pizza ou algo que o valha e pediu o boné. Sobraram Jonathan Davis, seu bigodinho, seu stand de microfone feito pelo HR Giger e seus scats monstruosos. Nada que ele se arrependa mais do que a tatuagem escrito HIV, aposto. Mas até inventarem um modo rápido, prático e barato para remoção de tatoos, pode ser que já tenha acontecido o revival do new metal. Ele vai ficar torcendo pro que aparecer primeiro.